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Reflexão sobre papel das religiões questiona fé, violência histórica e uso político atual
Política

Reflexão sobre papel das religiões questiona fé, violência histórica e uso político atual

Texto analisa conflitos gerados por crenças e como extremismo usa dogmas para justificar preconceitos sociais.

Redação
Redação

1 de dezembro de 2025 ·

Um texto de reflexão publicado no blog "Espaço do Povo" questiona o papel das religiões na sociedade, analisando seu histórico de violência, seu uso como ferramenta de controle social e sua instrumentalização política contemporânea. A publicação parte de uma premissa filosófica sobre como o local de nascimento determina a visão de mundo e as crenças religiosas de um indivíduo.

O autor argumenta que, apesar de princípios religiosos como o mandamento "não tomarás o nome de Deus em vão" (Êxodo 20:7) pregarem o bem, a história registra inúmeros conflitos e crimes cometidos em nome da fé. A reflexão é apresentada como um ponto de vista pessoal sobre a relação entre religião, sociedade e liberdade individual.

Histórico de conflitos e controle social

O texto cita eventos históricos marcados por violência religiosa, como os tribunais da Inquisição, onde católicos mandaram judeus para a fogueira, as Cruzadas e os processos de catequização durante a colonização das Américas. Segundo a reflexão, esses episódios mostram uma desconexão entre os preceitos de amor ao próximo e as ações praticadas em nome de diferentes crenças.

Além do aspecto histórico, a publicação enxerga a religião como um mecanismo que conduz a uma sociedade de regulamentos e decretos, estabelecendo normas morais que podem restringir liberdades. São mencionadas crenças que "abominam mulheres que amam outras mulheres" e que ditam e punem comportamentos considerados desviantes.

Uso político contemporâneo e intolerância

A análise avança para o cenário atual, associando o crescimento de uma militância na extrema direita política global ao uso da crença religiosa. Segundo o texto, essa vertente usa a fé como justificativa para incitar ódio contra classes trabalhadoras, pessoas LGBTQIA+ e nordestinos.

O autor observa que a "lei para amar o próximo" parece não ter se concretizado nas relações entre diferentes grupos, como protestantes e católicos ou cristãos e muçulmanos. Dessa ideia de diferença, nasce, na visão apresentada, a intolerância religiosa, frequentemente baseada na noção de infidelidade ao "Deus correto".

Ciência versus fé na solução de problemas

Por fim, a reflexão contrasta a abordagem religiosa com a científica para resolver problemas contemporâneos. O texto afirma que, hoje, problemas de saúde física ou mental não são mais atribuídos majoritariamente a deuses, mas à ciência e à tecnologia.

Conclui-se que o homem se tornou "parte do problema e da solução de tudo", e que não são divindades, mas o avanço científico, que provê resultados benéficos para a sociedade. A matéria original foi publicada no portal iG, sob o título "Qual é o papel das religiões?".

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