Relatório médico alerta para risco de estrangulamento intestinal em Bolsonaro
Defesa do ex-presidente pede autorização para cirurgia de urgência e reitera solicitação de prisão domiciliar humanitária.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório médico que aponta risco de estrangulamento intestinal. O documento, assinado por médicos da Rede D'Or, foi anexado a uma petição enviada ao ministro Alexandre de Moraes, que também renova o pedido de concessão de prisão domiciliar humanitária.
Bolsonaro, que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, passou por exames de ultrassonografia no último domingo (14). O laudo confirmou a presença de hérnias inguinais bilaterais – à direita e à esquerda – classificadas como parcialmente redutíveis.
Diagnóstico detalhado e risco cirúrgico
O exame identificou, no lado direito, a "protrusão de alça intestinal durante a manobra de Valsalva". No lado esquerdo, o conteúdo da hérnia foi descrito como gordura omental. A avaliação médica associa os achados ao risco de agravamento durante episódios de aumento da pressão abdominal.
Segundo os médicos, o quadro clínico, associado às crises de soluço, aumenta o risco de encarceramento ou estrangulamento intestinal. Caso isso ocorra, seria necessária uma intervenção cirúrgica de emergência.
Pedido de autorização para procedimento
Diante do diagnóstico, a defesa solicitou autorização ao STF para a realização de uma herniorrafia inguinal bilateral – cirurgia para correção das hérnias. A previsão é de internação de cinco a sete dias no Hospital DF Star, em Brasília.
O plano médico também inclui a realização de procedimentos anestésicos complementares e outros exames para reavaliar condições clínicas associadas, como hipertensão arterial, estenose de carótidas, refluxo gastroesofágico e anemia por deficiência de ferro.
Contexto processual e decisão de Moraes
O pedido ocorre após determinação do ministro Alexandre de Moraes, na semana passada, para que uma perícia médica da Polícia Federal avaliasse o ex-presidente. O prazo para conclusão dessa perícia é de 15 dias, e o exame de ultrassom realizado no domingo faz parte desse processo.
A defesa já havia solicitado anteriormente a realização da ultrassonografia e a prisão domiciliar por razões humanitárias. A nova petição reitera o pleito da prisão domiciliar, fundamentado no relatório que indica a necessidade de intervenção cirúrgica.
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