O Solidariedade e o PRD (Partido Republicano Democrático) oficializaram nesta quarta-feira (25/6) a criação de uma federação partidária durante evento no Salão Verde da Câmara dos Deputados, em Brasília. A união tem como objetivo principal superar a cláusula de desempenho eleitoral que exige 2,5% dos votos válidos para a Câmara em 2026 ou a eleição de 13 deputados federais.
Estratégia de sobrevivência política
A federação reúne 10 parlamentares na Câmara (5 de cada partido), 138 prefeitos eleitos em 2024 e o governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade). A presidência será exercida por Ovasco Resende, ex-líder do Patriota, partido que deu origem ao PRD após fusão com o PTB.
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), principal articulador da união, afirmou que a federação já atua contra o governo Lula na Câmara. "Nosso posicionamento é oposicionista e não apoiaremos nem Lula nem Bolsonaro em 2026", declarou o parlamentar, que recentemente defendeu a instalação de CPI sobre fraudes no INSS.
Estrutura e alianças futuras
A vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes, mencionou a possibilidade de atrair outras siglas como o PSDB, mas reconheceu dificuldades por conta de divergências regionais. A documentação da federação será enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para registro oficial.
Diferentemente das antigas coligações, extintas em 2017, as federações exigem atuação conjunta por no mínimo quatro anos, com estatuto e direção compartilhados. O movimento ocorre em meio a reconfigurações no cenário partidário brasileiro, com MDB e Republicanos também negociando federações.
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