Traficante preso no Paraguai comandava envio de 11 toneladas de cocaína para Europa
Investigação internacional revela estratégia de discrição usada por acusado de liderar organização criminosa transnacional.
Rodrigo Alvarenga Paredes, preso desde março de 2023 no Paraguai, é acusado de comandar um esquema internacional de tráfico de drogas que enviou ao menos 11 toneladas de cocaína para a Europa entre 2020 e 2022. O montante de drogas tem valor estimado em aproximadamente R$ 2,8 bilhões. As informações são do Fantástico, da TV Globo.
A prisão ocorreu durante a Operação Hinterland, ação conjunta da Polícia Federal brasileira, da Senad paraguaia, da Europol e do Ministério Público. Alvarenga foi extraditado para o Brasil em agosto de 2024, após ficar detido no Presídio de Tacumbú, em Assunção.
Perfil discreto como estratégia criminosa
De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público, o acusado mantinha um jeito pacato e sem ostentação, apresentando-se como herdeiro de família tradicional e fazendeiro. Segundo as autoridades, esse comportamento fazia parte de uma estratégia deliberada para ocultar sua liderança em uma organização criminosa transnacional.
"O jeito pacato e sem ostentação fazia parte de uma estratégia para ocultar sua liderança em organização criminosa transnacional", destacaram as investigações. As autoridades afirmam que ele tinha capacidade de gerenciar todas as etapas do tráfico, desde a negociação com produtores até a logística de exportação via portos brasileiros para Europa, Ásia e África.
Operação e bens apreendidos
Durante a prisão, em 30 de março de 2023, agentes realizaram buscas na casa onde Alvarenga morava, no bairro Los Laureles, em Assunção. No local, foram apreendidos uma quantidade expressiva de dinheiro, carros de luxo, aeronaves, pedras preciosas, além de armas e munições guardadas em um cofre.
Defesa contesta acusações
A defesa de Rodrigo Alvarenga Paredes nega todas as acusações. Os advogados alegam falta de provas concretas e contestam a alegação de que ele era o líder do esquema de tráfico internacional, argumentando que as evidências são insuficientes para sustentar as imputações criminais.
Em depoimento à polícia em maio deste ano, conforme revelado pelo Fantástico, o próprio Alvarenga alegou ter mantido uma vida sem ostentação, prezando apenas pelo conforto. Ele também negou ter qualquer posição de chefia ou atuação como financiador de organização criminosa.
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