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Trump anuncia bloqueio total a petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela
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Trump anuncia bloqueio total a petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela

Presidente dos EUA afirma que país está cercado pela maior armada já reunida na América do Sul e acusa Maduro de financiar crimes.

Redação
Redação

17 de dezembro de 2025 ·

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta terça-feira (16) um bloqueio total a todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela. Em uma postagem em rede social, Trump afirmou que o país vizinho está "completamente cercado pela maior armada já reunida na história da América do Sul".

A justificativa apresentada pelo líder norte-americano é que o regime do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, considerado ilegítimo pelos EUA, estaria usando petróleo de campos que foram "roubados" dos Estados Unidos para financiar a si mesmo, o narcotráfico, o tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros.

Acusações e retórica de confronto

Em sua declaração, Trump foi além das sanções econômicas. "Pelo roubo de nossos bens e por muitos outros motivos, incluindo terrorismo, tráfico de drogas e tráfico de pessoas, o regime venezuelano foi designado uma organização terrorista estrangeira", escreveu. A ordem de bloqueio naval é apresentada como uma resposta direta a essa designação.

O presidente dos EUA também mencionou a questão migratória, afirmando que "os imigrantes ilegais e criminosos que o regime de Maduro enviou para os Estados Unidos durante a fraca e inepta administração Biden estão sendo devolvidos à Venezuela em ritmo acelerado". A postagem encerra com um tom de ultimato: "os Estados Unidos não permitirão que criminosos, terroristas ou outros países roubem, ameacem ou prejudiquem nossa nação".

Crise que se aprofunda desde agosto

A escalada retórica e militar entre Washington e Caracas não é nova, mas se intensificou significativamente a partir de agosto, quando os Estados Unidos começaram a movimentar um forte aparato militar no mar do Caribe. A justificativa oficial da Casa Branca para a operação tem sido o combate ao tráfico internacional de drogas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se ofereceu para intermediar a tensão, chegou a conversar por telefone com Donald Trump sobre a situação, afirmando que não quer guerra na América Latina. No entanto, as ações anunciadas nesta terça-feira indicam um agravamento do conflito, com a imposição de um cerco naval direto.

A medida representa mais um capítulo na longa crise política e econômica venezuelana, que já dura anos, e coloca as duas nações em um novo patamar de confronto, com implicações diretas para a segurança e a geopolítica regional.

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