Trump proíbe entrada de cidadãos de 12 países nos EUA e restringe outros 7

Medida justificada por "ameaças terroristas" retoma e amplia vetos migratórios do primeiro mandato presidencial


O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (04) uma ordem executiva que veta totalmente a entrada de cidadãos de doze países e impõe restrições parciais a mais sete nações. A decisão ocorre em meio a alertas de segurança nacional após ataques recentes no Colorado.

Lista de países afetados

O veto integral atinge Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Já Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela terão vistos temporariamente suspensos ou limitados, conforme avaliações específicas.

A Casa Branca afirmou que a medida responde a "preocupações com ameaças terroristas e falhas em processos de fiscalização". Trump declarou que considerou "política externa, segurança nacional e metas de combate ao terrorismo" para definir o alcance das restrições.

Contexto histórico

Esta ação amplia as polêmicas restrições migratórias do primeiro mandato de Trump (2017), quando seis países de maioria muçulmana foram incluídos. Em 2021, o presidente Joe Biden revogou os vetos horas após assumir o cargo.

Organizações como o Council on American-Islamic Relations (CAIR) classificaram a nova ordem como "discriminatória e xenófoba". Grupos de apoio a refugiados alertaram para o impacto econômico em nações como Haiti e Venezuela, que dependem de remessas dos EUA.

Restrições a estudantes

Em outra proclamação assinada no mesmo dia, Trump suspendeu por seis meses vistos para novos estudantes estrangeiros em Harvard, acusando a universidade de falhas na fiscalização. O secretário de Estado Marco Rubio ficará responsável por avaliar revogações de vistos já concedidos.

Paralelamente, o governo cumpriu decisão judicial que ordenou o retorno de um imigrante guatemalteco deportado indevidamente para o México. O caso será reavaliado enquanto o homem permanece sob custódia federal.