Um ambicioso projeto de infraestrutura pretende conectar Europa e África através de um túnel ferroviário submarino sob o Estreito de Gibraltar. Com previsão de conclusão para 2040, a obra de 28 a 30 km de extensão permitirá que trens de alta velocidade reduzam o tempo de viagem entre Casablanca (Marrocos) e Madri (Espanha) de 12 horas para cerca de 5h30.
A iniciativa, que remonta a um acordo bilateral de 1979, prevê a construção de três túneis paralelos - dois para transporte e um para manutenção. Os trens deverão operar a velocidades entre 200 e 250 km/h, transportando inicialmente 13 milhões de passageiros e carga equivalente anualmente.
Desafios técnicos e financeiros
O projeto enfrenta obstáculos significativos, incluindo solos instáveis, risco sísmico e a necessidade de tecnologias avançadas para escavação em profundidades de até 475 metros. O custo estimado varia entre 6 e 25 bilhões de euros, dependendo das soluções técnicas adotadas.
Estudos geológicos detalhados estão em andamento para avaliar a viabilidade da rota mais segura. Especialistas destacam a necessidade de sistemas robustos de ventilação e evacuação, considerando a extensão do trajeto submerso.
Impacto econômico e logístico
Além de impulsionar o turismo entre os continentes, o túnel deve facilitar o comércio bilateral e gerar milhares de empregos durante sua construção. Analistas projetam que a obra pode aumentar em 30% o fluxo comercial entre Marrocos e Espanha nos primeiros cinco anos de operação.
O projeto do Estreito de Gibraltar é o mais avançado entre as propostas de túneis intercontinentais, à frente de iniciativas como a ligação Transatlântica ou pelo Estreito de Bering, que permanecem em fase conceitual.
Deixe seu Comentário
0 Comentários