Alerj revoga prisão preventiva do deputado Rodrigo Bacellar em votação acirrada
Parlamentar foi preso pela PF sob suspeita de repassar dados sigilosos de operação policial a investigado.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) revogou, nesta segunda-feira (8), a prisão preventiva do deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão, tomada em sessão plenária, permite a soltura do parlamentar, mas não encerra o processo criminal contra ele, que segue em análise no Supremo Tribunal Federal (STF).
A votação foi necessária após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa não alcançar unanimidade sobre o caso. O plenário votou pelo acatamento do parecer do relator da CCJ, que recomendava a revogação da prisão. Com 42 votos a favor, 21 contra e duas abstenções, o parecer foi aprovado.
Sessão tensa e regras de votação
A sessão, presidida pelo deputado Guilherme Dellaroni (PL), foi marcada por momentos de tensão e uma interrupção de 15 minutos. Estavam presentes 65 dos 70 deputados estaduais. Ausentaram-se Rodrigo Bacellar (preso), Dionísio Lins (PP, em licença médica), Filipe Soares (União Brasil), Cláudio Caiado (PSD) e Vinícius Cozzolino (União Brasil).
Antes da votação, foi acordado que três representantes de cada lado teriam dez minutos para argumentar. A deputada Dani Monteiro (PSOL), ao tentar justificar seu voto após essa etapa, foi interrompida por reações acaloradas de outros parlamentares, paralisando os trabalhos temporariamente.
Contexto da prisão e próximos passos
Rodrigo Bacellar foi preso pela Polícia Federal na Operação Unha e Carne, sob suspeita de repassar dados sigilosos da Operação Zargun ao ex-deputado TH Joias. O Portal iG teve acesso a prints que integraram o inquérito e fundamentaram a decisão do STF pela prisão preventiva.
A decisão da Alerj trata exclusivamente da prisão preventiva. O processo criminal continua sob análise do STF, única instância com competência para julgar deputados estaduais do Rio. A soltura não interfere no andamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Deixe seu Comentário
0 Comentários