Aranha-violinista mata jovem de 20 anos na Itália; conheça a espécie
Jovem morreu após ser picado pelo aracnídeo durante trabalho agrícola na região da Calábria.
Um jovem de 20 anos morreu após ser picado por uma aranha-violinista na região da Calábria, no sul da Itália. O acidente ocorreu enquanto o rapaz realizava trabalhos agrícolas. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu aos efeitos do veneno.
A vítima, identificada como Antonio Lopresti, trabalhava em uma propriedade rural na cidade de Gioiosa Ionica. A picada aconteceu na última semana, mas a confirmação da causa da morte foi divulgada apenas agora pelas autoridades locais.
Espécie perigosa e expansão geográfica
A aranha-violinista (Loxosceles rufescens) é um aracnídeo de pequeno porte, com cerca de 7 a 15 milímetros, conhecido por uma mancha em forma de violino em seu cefalotórax. Seu veneno possui ação necrótica e hemolítica, podendo causar lesões graves na pele e, em casos raros, complicações sistêmicas fatais.
Originária da região do Mediterrâneo, a espécie tem sido registrada com mais frequência em países europeus como Itália, França e Espanha nos últimos anos. Especialistas atribuem essa expansão às mudanças climáticas e ao aumento do comércio internacional, que facilitam a dispersão do animal.
Raridade de casos fatais e sintomas
Apesar do perigo potencial, casos de morte por picada de aranha-violinista são considerados raros. A reação ao veneno, chamada de loxoscelismo, varia muito de pessoa para pessoa. Os sintomas iniciais podem incluir dor local, vermelhidão e formação de uma ferida que necrosa (tecido morto) ao redor da picada.
Em situações mais graves, o quadro pode evoluir para febre, mal-estar, anemia e, em situações extremas, falência renal aguda, que parece ter sido a causa do óbito do jovem italiano. O tratamento geralmente é de suporte e pode envolver o uso de soros antiveneno específicos, quando disponíveis.
Recomendações de prevenção
Autoridades de saúde recomendam cuidado ao manusear objetos em áreas onde essas aranhas podem se abrigar, como pilhas de lenha, entulhos, cantos escuros de sótãos ou garagens e entre folhas secas. Elas têm hábitos noturnos e não são agressivas, picando geralmente apenas quando comprimidas contra a pele.
Em caso de suspeita de picada, a orientação é lavar o local com água e sabão, aplicar compressas frias e procurar atendimento médico imediatamente para avaliação. Evitar remedios caseiros ou fazer torniquetes é fundamental.
O caso na Calábria está sendo investigado para confirmar todos os detalhes clínicos. A morte serve como um alerta para a presença deste aracnídeo venenoso em áreas rurais e urbanas da Europa.
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