Economia

Balança comercial do Brasil em maio de 2025 mostra crescimento nas Américas e queda na Ásia

Exportações para Argentina disparam 67,4%, enquanto China registra redução de 9,8% no acumulado do ano

Balança comercial do Brasil em maio de 2025 mostra crescimento nas Américas e queda na Ásia
Reprodução

As exportações brasileiras alcançaram US$ 30,16 bilhões em maio de 2025, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Os números revelam uma reorganização nos fluxos comerciais, com crescimento nas Américas e retração em mercados asiáticos e europeus.

Desempenho por regiões

As vendas para a América do Sul registraram alta de 20,39% na comparação com maio de 2024, impulsionadas principalmente pela Argentina, que teve aumento de 67,4% e absorveu US$ 0,7 bilhão do total exportado. Já os Estados Unidos puxaram o crescimento de 6,47% na América do Norte, com incremento de 11,5% nas transações.

Em contraste, as exportações para a Ásia (excluindo Oriente Médio) caíram 2,77%, com quedas expressivas para Coreia do Sul (-35,9%), Singapura (-41,9%) e Taiwan (-38,8%). A Europa também registrou recuo de 2,94%, com destaque para reduções nas vendas para Espanha (-27,9%) e Portugal (-26,5%).

Acumulado do ano

De janeiro a maio de 2025, as exportações totalizaram US$ 136,9 bilhões, queda de 0,9% ante 2024. O resultado foi influenciado principalmente pela retração de 7,69% nas vendas para a Ásia, onde a China registrou queda de 9,8% - impacto negativo de US$ 4,1 bilhões.

Paradoxalmente, as importações asiáticas cresceram 21,55% no período, com destaque para a China (+26,5%, US$ 6,2 bilhões a mais), Índia (+31,8%) e Indonésia (+51,9%). O saldo comercial brasileiro no acumulado do ano ficou positivo em US$ 24,4 bilhões.

Produtos e tendências

O crescimento nas Américas foi impulsionado por veículos automotores, enquanto petróleo bruto e carne bovina lideraram as vendas para os EUA. A queda asiática reflete menor demanda por soja, minério de ferro e petróleo. Nas importações, destacam-se plataformas flutuantes, fertilizantes e componentes automotivos.

Especialistas apontam que a reorganização comercial reflete tanto mudanças na demanda global quanto estratégias de diversificação de mercados. O governo brasileiro deve anunciar novas medidas para fortalecer as relações comerciais com a África e o Sudeste Asiático nas próximas semanas.

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