O bilionário Bill Gates anunciou que doará 99% de seu patrimônio, estimado em US$ 200 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão), para melhorar sistemas de saúde e educação na África. O plano será executado ao longo dos próximos 20 anos pela Fundação Bill & Melinda Gates, que encerrará suas atividades em 2045.
Em discurso na sede da União Africana, em Adis Abeba (Etiópia), Gates afirmou que a iniciativa visa "liberar o potencial humano" do continente. A fundação tem três prioridades: reduzir mortes evitáveis de mães e bebês, erradicar doenças infecciosas e combater a pobreza extrema.
Detalhes do plano filantrópico
A doação ocorrerá em etapas progressivas até 2045. Graça Machel, ex-primeira-dama de Moçambique, classificou o anúncio como "oportuno em momento de crise", referindo-se aos cortes de ajuda dos EUA durante o governo Trump.
O fundador da Microsoft destacou que a inteligência artificial será peça-chave nos novos sistemas de saúde africanos, citando como exemplo o uso de IA em ultrassonografias em Ruanda para identificar gestações de risco.
Contexto histórico
Gates segue o exemplo de filantropos como Warren Buffett. Desde 1975, quando cofundou a Microsoft, acumulou uma das maiores fortunas do mundo - atualmente é o 5° homem mais rico do planeta, segundo a Bloomberg.
A Fundação Gates atua na África há décadas, com programas de vacinação e nutrição infantil. Críticos, porém, alegam que a organização exerce influência excessiva sobre políticas públicas de saúde globais.
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