O governo brasileiro assinou nesta segunda-feira (9) uma Declaração de Intenções com a Interpol para intensificar o combate ao crime organizado transnacional. O acordo, firmado em Lyon, na França, estabelece ações integradas entre o Brasil e a organização policial internacional.
Modernização e direitos humanos
O documento inclui apoio à modernização tecnológica dos órgãos de segurança latino-americanos e medidas para proteger grupos vulneráveis, com ênfase no combate ao tráfico de pessoas. "Hoje enfrentamos verdadeiras corporações criminosas", afirmou o presidente Lula, primeiro mandatário brasileiro a visitar a sede da Interpol.
Brasileiro no comando
Durante o evento, o delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza foi eleito secretário-geral da Interpol. Ex-diretor de Cooperação Internacional da PF, Urquiza destacou a necessidade de "uma estratégia multilateral" contra crimes que "ultrapassam fronteiras".
O ministro Ricardo Lewandowski reforçou que o crime transnacional "corrói estruturas sociais" e desvia recursos de áreas essenciais. Entre as iniciativas apresentadas estão o Centro de Cooperação Internacional da Amazônia e o fortalecimento da atuação na Tríplice Fronteira.
A comitiva presidencial retorna ao Brasil ainda nesta segunda-feira, encerrando a agenda francesa que incluiu discussões sobre lavagem de dinheiro e o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030.