Juliana Marins, brasileira de 26 anos, morreu após cair de um penhasco durante trilha no Monte Rinjani, vulcão ativo na Indonésia. O acidente ocorreu na sexta-feira (20), e o resgate enfrentou dificuldades extremas por quatro dias até a confirmação do óbito nesta terça-feira (24).
A jovem integrava um grupo de excursionistas quando relatou cansaço e ficou para trás. O guia, ao retornar, encontrou apenas uma lanterna a alguns metros do local onde Juliana estava. Autoridades indonésias iniciaram imediatamente as buscas com apoio de drones.
Operação de resgate complexa
As equipes localizaram Juliana inicialmente a 500 metros de profundidade, ainda com sinais vitais, mas presa entre rochas. Condições climáticas adversas e risco de novos deslizamentos dificultaram o acesso. A vítima escorregou mais 650 metros durante as tentativas de resgate, chegando a 1.050 metros de profundidade.
Os socorristas utilizaram equipamentos especiais, incluindo furadeiras, em uma operação que mobilizou brasileiros e indonésios. A confirmação da morte só foi possível quando as equipes alcançaram o local na manhã de terça-feira.
Repercussão internacional
O caso ganhou destaque na imprensa global, com cobertura de veículos como o britânico 'Daily Mail', que destacou a "tragédia", e o argentino 'La Nación', que classificou o episódio como "doloroso". Autoridades brasileiras acompanharam de perto as operações.
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é considerado uma das trilhas mais perigosas da Indonésia. O vulcão ativo atrai aventureiros, mas exige preparo físico e equipamento adequado.
Próximos passos
O corpo de Juliana será repatriado nos próximos dias. O Itamaraty presta assistência à família e coordena os procedimentos com as autoridades locais. A comunidade de trilheiros no Brasil organiza homenagens à jovem, descrita como experiente em montanhismo.
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