CPI do Crime Organizado ouve governador do Rio e secretário de Segurança
Autoridades prestam depoimento sobre estratégias de combate às facções e milícias no país
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o secretário estadual de Segurança Pública, Victor César Carvalho dos Santos, serão ouvidos pela CPI do Crime Organizado na quarta-feira (3), às 9 horas. A comissão parlamentar de inquérito também convocou outros 10 governadores e seus respectivos secretários de segurança para depor sobre o tema.
Segundo o senador Alessandro Vieira (PSB), relator do colegiado, as autoridades proporcionarão subsídios técnicos e estratégicos ao trabalho da CPI. "A oitiva dos convidados é imprescindível para que esta comissão possa compreender, entre outros temas, as estratégias de inteligência em curso, as dificuldades operacionais enfrentadas, os gargalos no combate à lavagem de dinheiro por essas organizações e as ações de cooperação entre os estados e o governo federal", explicou o parlamentar.
Objetivos da investigação
Iniciada no dia 4 de novembro, a CPI tem 120 dias para concluir a investigação sobre a atuação, expansão e funcionamento do crime organizado, com foco em facções e milícias. A comissão também analisará as estruturas de tomada de decisão dessas organizações, buscando identificar soluções adequadas para o combate ao crime por meio do aprimoramento da legislação vigente.
Contexto da criação da CPI
A instalação da CPI foi anunciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), após a megaoperação policial ocorrida em 28 de outubro, que resultou em 121 mortes - sendo quatro policiais - nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. O episódio evidenciou a necessidade de investigação mais aprofundada sobre o crime organizado no país.
Os trabalhos da comissão seguem com prazo determinado para conclusão, e os depoimentos colhidos servirão de base para a elaboração do relatório final, que deverá conter recomendações para o enfrentamento do crime organizado em nível nacional.
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