Entrar
Defesa de Bolsonaro pede prisão domiciliar por estado de saúde ao STF
Boletim Diário

Defesa de Bolsonaro pede prisão domiciliar por estado de saúde ao STF

Advogados alegam confusão mental por medicamentos em novo recurso após prisão preventiva

Redação
Redação

23 de novembro de 2025 ·

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) enviou novo pedido de prisão domiciliar humanitária ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste sábado (22). O ex-presidente está detido preventivamente na sede da Polícia Federal em Brasília desde a madrugada de sábado, quando violou sua tornozeleira eletrônica.

Os advogados argumentam que o episódio de violação do equipamento está relacionado a um "quadro de confusão mental" provocado por medicamentos. O pedido anterior, feito após a condenação de 27 anos e 3 meses de prisão no julgamento da trama golpista em 11 de setembro, já havia sido rejeitado.

Argumentos da defesa

No documento endereçado ao ministro Alexandre de Moraes, a defesa sustenta que "não houve qualquer tentativa de fuga ou de se furtar à aplicação da lei penal". Eles utilizam informações da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) e do médico pessoal de Bolsonaro para embasar o pedido.

Os advogados afirmam que os acontecimentos da madrugada do dia 22, quando o sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) gerou alerta de violação, "demonstram a situação delicada de saúde do ex-presidente". Relatórios médicos e exames foram anexados ao processo.

Contexto processual

Neste domingo (23), Bolsonaro passou por audiência de custódia e teve mantida a prisão preventiva decretada no sábado. Durante o depoimento, o ex-presidente alegou ter sofrido um "surto" que o levou a tentar queimar a tornozeleira com um ferro de solda.

O próprio Bolsonaro relatou às autoridades o que havia feito para avariar o equipamento. A determinação da prisão preventiva será analisada pela Primeira Turma do STF em sessão extraordinária nesta segunda-feira (24).

Próximos passos

O novo pedido de prisão domiciliar humanitária agora será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes. A defesa solicita que os elementos sobre o estado clínico do ex-presidente sejam considerados para reconsideração da prisão preventiva.

O caso ocorre no contexto da condenação de Bolsonaro por envolvimento na trama golpista, que resultou na pena de 27 anos e 3 meses de prisão, ainda sujeita a recursos.

Deixe seu Comentário
0 Comentários
🍪

Cookies

Nosso site usa cookies para melhorar a experiência do usuário. Ao usar nossos serviços, vocês concorda com a nossa Política de Cookies.