O dólar encerrou esta terça-feira (17) em alta de 0,20%, cotado a R$ 5,4968, após atingir máxima de R$ 5,5076 durante a sessão. O movimento ocorreu em meio ao fortalecimento da moeda americana no exterior e temores de escalada no conflito entre Israel e Irã. Na segunda-feira (16), a divisa havia recuado 1%, fechando no menor patamar desde 7 de outubro.
O Ibovespa acompanhou o clima de cautela, recuando 0,30% para 138.840,02 pontos, com giro financeiro de R$ 22,7 bilhões. O índice foi pressionado principalmente pela queda de 4,50% das ações da Vale ON, que respondem por parcela significativa da carteira teórica.
Tensões geopolíticas pesam nos mercados
Declarações do presidente americano Donald Trump reacenderam preocupações sobre possível envolvimento direto dos EUA no conflito entre Israel e Irã. O cenário deflagrou movimento de aversão a risco, com investidores migrando para ativos considerados mais seguros, como o dólar e títulos do Tesouro americano.
Analistas destacam que o mercado opera em modo cauteloso às vésperas das decisões do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. O temor de que os EUA possam intervir diretamente no conflito do Oriente Médio para neutralizar capacidades nucleares iranianas trouxe volatilidade extra às bolsas globais.
Desempenho setorial e anual
Petrobras atuou como contrapeso às perdas, com alta de 2,95% nas ações ON e 2,27% nas PN. O setor bancário fechou majoritariamente no azul, com destaque para Bradesco PN (+1,50%) e Santander Unit (+0,20%). Banco do Brasil ON foi exceção, recuando 0,36%.
No acumulado de junho, o dólar apresenta queda de 3,89%, ampliando a desvalorização anual para 11,06%. Já o Ibovespa mantém ganhos de 1,32% no mês e 15,43% em 2025.