A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) negou veementemente as acusações de que teria utilizado verbas públicas para procedimentos estéticos. Em nota oficial, a parlamentar afirmou que todas as cirurgias em seu nariz foram pagas com recursos próprios, exceto uma que teve ressarcimento parcial autorizado pela Câmara mediante apresentação de documentação médica.
Contratos questionados
Quanto aos contratos com maquiadores citados em reportagens, Hilton esclareceu que os profissionais faziam parte de uma equipe audiovisual contratada para trabalhos institucionais. "Não houve contratação específica para serviços de beleza ou estética", afirmou a deputada, que alega estar sendo vítima de perseguição política por seu perfil.
Contexto político
Eleita com mais de 250 mil votos em São Paulo, Erika Hilton é a primeira mulher trans negra a ocupar uma cadeira no Congresso Nacional. Sua trajetória como ativista LGBTQIAPN+ e moradora de periferia tem sido frequentemente destacada como símbolo de representatividade.
Especialistas em direito parlamentar consultados pelo G1 explicaram que o uso de verba pública para procedimentos estéticos é proibido, mas ressaltaram a importância de se aguardar as apurações oficiais antes de tirar conclusões.
Reações e próximos passos
A Câmara dos Deputados informou que analisará os documentos apresentados pela parlamentar. Enquanto isso, movimentos sociais organizaram manifestações de apoio a Hilton, classificando as críticas como "ataques transfóbicos".
A deputada confirmou que participará de todos os processos de apuração, mas reforçou: "Não me calarei diante de tentativas de me criminalizar por quem sou". Ela segue cumprindo agenda parlamentar, incluindo participação em conferência sobre diversidade em Lisboa.
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