O governo dos Estados Unidos divulgou nesta quinta-feira (26) detalhes de uma operação militar sigilosa que destruiu três instalações nucleares iranianas em 21 de junho de 2025. O ataque, planejado desde 2009, utilizou 14 bombas GBU-57 de 13,6 toneladas cada, lançadas sobre as usinas de Fordo, Natanz e Esfahan.
Planejamento de 15 anos
Segundo o general Dan Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, a missão começou quando analistas identificaram uma construção suspeita nas montanhas iranianas. "Eles literalmente sonhavam com esse alvo enquanto dormiam", afirmou Caine sobre a dedicação dos especialistas que estudaram o solo, clima e estrutura das instalações por anos.
O Pentágono desenvolveu a bomba GBU-57 especificamente para penetrar as camadas de concreto e rocha que protegiam as instalações subterrâneas. Doze das quatorze bombas foram direcionadas apenas para Fordo, com seis atingindo cada duto de ventilação.
Impacto devastador
Pilotos relataram que a explosão foi tão intensa que "parecia que o dia tinha amanhecido". As autoridades americanas afirmam que o ataque "obliterou" as capacidades nucleares iranianas. "Foi um dano monumental. A maior destruição aconteceu em profundidades muito abaixo da superfície", declarou o ex-presidente Donald Trump, que ordenou a operação.
David Albright, presidente do Instituto para a Ciência e Segurança Internacional, concluiu: "O Irã não pode mais fabricar centrífugas nem processar o equivalente do gás necessário. O programa foi severamente danificado".
Retaliação iraniana
Dois dias após o ataque, o Irã lançou mísseis contra a base americana de Al-Udeid no Catar. Antecipando a retaliação, os EUA haviam esvaziado parte da instalação, deixando apenas 44 soldados jovens para a defesa com sistemas Patriot. O confronto foi classificado como "o maior engajamento com Patriot da história militar americana".
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, reconheceu os danos: "Nossas instalações nucleares foram gravemente danificadas, isso é certo". Especialistas estimam que o programa nuclear iraniano pode levar anos para se recuperar dos ataques.
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