Sophia Livas de Morais Almeida, de 32 anos, foi detida em Manaus enquanto se exercitava em uma academia de alto padrão. A Polícia Civil a prendeu em decorrência de investigações que revelaram que ela se apresentava como médica especialista em cardiopatia infantil, alegando ainda ser sobrinha do prefeito local, informação que foi prontamente desmentida. O Hospital Universitário Getúlio Vargas, onde ela obteve um carimbo de uma médica legítima, confirmou que Sophia nunca atuou como médica na unidade.
Durante as operações, foi constatado que Sophia atendia crianças com doenças graves e prescrevia receitas com medicamentos controlados. Após receber denúncias de pais preocupados, a polícia apurou que havia pelo menos duas crianças autistas entre suas vítimas. A abordagem policial contou com a apreensão de jalecos, remédios, receituários do SUS, e documentos médicos que eram assinados por profissionais de verdade.
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas informou que não tinha recebido denúncias formais sobre a atuação de Sophia até o momento. A Justiça decretou a prisão preventiva dela, e ela deve ser indiciada pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina. As autoridades continuam a investigação do caso, que surgiu como um desdobramento de outra operação policial que resultou na prisão de um homem que também se passava por médico na região.
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