Filhos de Bolsonaro citam estado de saúde do pai antes de prisão pela PF
Declarações sobre calafrios e vômitos foram feitas horas antes da prisão preventiva decretada pelo STF.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22) por determinação do Supremo Tribunal Federal, um dia após declarações públicas de seus filhos sobre seu estado de saúde e a convocação de uma vigília. As falas de Flávio e Carlos Bolsonaro, registradas na sexta-feira (21), ganharam novo significado após a justificativa de "risco à ordem pública" utilizada na decisão judicial.
A prisão preventiva foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, que já mantinha Bolsonaro em prisão domiciliar desde agosto por descumprimento de medidas cautelares. A defesa do ex-presidente havia solicitado na sexta-feira a manutenção do regime domiciliar.
Filhos alertam sobre saúde antes da prisão
Horas antes da ordem de prisão, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) descreveu publicamente o estado do pai em tom de preocupação. "Está soluçando dormindo e fico com medo de refluxo nesse estado. Se acordado, vomita constantemente; dormindo, fico com calafrios só de olhar", escreveu nas redes sociais.
No mesmo dia, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) divulgou um vídeo convocando apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio onde o ex-presidente mora, sob o argumento de orações "pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade do Brasil". Segundo a Polícia Federal, o chamado foi citado como um dos elementos que poderiam representar risco à segurança.
Contexto da decisão judicial
A PF informou que a prisão preventiva foi tomada por risco à ordem pública, em meio ao contexto de mobilização de apoiadores. As declarações dos filhos, feitas em data anterior, agora são consideradas dentro do cenário que antecedeu a decisão judicial.
Bolsonaro cumpre medidas cautelares desde agosto de 2024, quando foi determinado seu afastamento de cargos públicos e proibição de manter contato com outros investigados. A prisão domiciliar foi decretada após descumprimento dessas condições.
A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou sobre a nova decisão de prisão preventiva. O caso segue sob análise do ministro Alexandre de Moraes no STF.
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