Flórida lidera ranking mundial de ataques de tubarão com Austrália e África do Sul
Brasil aparece em sétimo lugar no levantamento global que analisou registros históricos desde 1642
A região da Flórida, nos Estados Unidos, conhecida como Terra dos Bravos, ocupa a primeira posição no ranking mundial de ataques de tubarão, segundo pesquisa do site de previsão de marés Tideschart. O levantamento, que utilizou dados do Shark Research Institute, analisou registros de ocorrências entre 1642 e 2024.
Austrália e África do Sul completam o pódio do ranking, ocupando segundo e terceiro lugares respectivamente. "Quando você analisa os números, três lugares dominam todas as listas: Flórida, nos EUA; Nova Gales do Sul, na Austrália; e KwaZulu-Natal, na África do Sul", afirmou Ryan Blundell, fundador do Tideschart.
Fatores que explicam concentração de ataques
Segundo Blundell, essas regiões compartilham características comuns que contribuem para o maior número de ocorrências. "Essas regiões compartilham algumas coisas em comum: águas quentes e produtivas, ondas consistentes e muita gente no oceano", explicou o especialista.
O Brasil aparece na sétima posição do ranking global, com 119 ocorrências registradas ao longo do período analisado. A Praia de Boa Viagem, em Recife, lidera as estatísticas nacionais com mais de 60 ataques e 25 mortes desde 1992.
Panorama brasileiro
Além de Boa Viagem, a Praia da Piedade, localizada em Jaboatão dos Guararapes (PE), registrou mais de 20 ataques de tubarão desde os anos 1990 até 2024. Outras regiões brasileiras também apresentaram ocorrências, incluindo São Sebastião (SP) e Praia de Atalaia, em Aracaju.
Segundo a National Geographic Brasil, Pernambuco mantém a liderança no ranking nacional de ataques de tubarão, concentrando a maior parte dos incidentes registrados no país.
Raridade dos incidentes
Apesar dos números expressivos, os especialistas destacam que ataques de tubarão a humanos continuam sendo eventos raros. Em 2024, foram registrados 47 incidentes não provocados em todo o mundo, representando a menor ocorrência dos últimos 30 anos.
"Os ataques de tubarões são muito raros se levarmos em consideração a quantidade de banhistas que entram no mar todos os anos", ressaltou Blundell. A probabilidade de ocorrência tem apresentado tendência de queda globalmente.
Deixe seu Comentário
0 Comentários