Governo de SP anuncia triplicação de equipes administrativas em escolas com mais de 1.500 alunos
Reestruturação da rede estadual a partir de 2026 visa adequar número de gestores ao tamanho das unidades de ensino.
O governo do estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira uma reformulação administrativa para a rede estadual de ensino, com vigência a partir de 2026. A principal medida prevê o aumento progressivo do quadro de gestores escolares, podendo triplicar a equipe administrativa nas unidades com mais de 1.500 estudantes matriculados.
A mudança, que afetará cerca de metade das 5.300 escolas estaduais, é uma resposta a demandas da própria rede por uma gestão mais adequada ao porte de cada unidade. O secretário estadual da Educação, Renato Feder, afirmou que o objetivo é garantir uma equipe pedagógica proporcional às necessidades das escolas.
Novo escalonamento de cargos
A estrutura mínima para escolas com até 200 alunos será composta por um diretor, um coordenador pedagógico, um gerente de organização escolar e um agente de organização escolar. A partir de 201 estudantes, as unidades ganharão um vice-diretor.
O número de gestores aumentará progressivamente conforme a quantidade de matriculados, culminando no triplicamento da equipe direta nas escolas que ultrapassarem a marca de 1.500 alunos, com a adição de novos diretores e coordenadores.
Expansão no apoio administrativo
Além da gestão, também haverá uma revisão na contratação de Agentes de Organização Escolar (AOE). Nas escolas de turno integral ou parcial (7 horas), a proporção será de um agente para cada 120 alunos. Para unidades com turno superior a 7 horas, a relação será de um AOE para cada 80 estudantes.
É obrigatório que toda escola tenha um mínimo de dois agentes de organização, independentemente do número de alunos.
Mudança no cargo de coordenação
Outra alteração relevante prevista para 2026 é a substituição do cargo de Coordenador de Gestão Pedagógica por Área de Conhecimento pelo novo cargo de Professor Articulador por Área de Conhecimento. A medida integra o pacote de ajustes que busca rebalancear a distribuição de pessoal de forma mais equitativa na rede.
Em nota oficial, a Secretaria da Educação afirmou que as mudanças visam enfrentar a complexidade na gestão de unidades com muitos estudantes e corpo docente extenso, garantindo mais suporte administrativo e pedagógico onde a demanda é maior.
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