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Governo Trump orienta cidadãos americanos a deixarem Venezuela imediatamente
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Governo Trump orienta cidadãos americanos a deixarem Venezuela imediatamente

Alerta ocorre em meio à escalada de tensões e suspensão de voos internacionais para o país sul-americano.

Redação
Redação

4 de dezembro de 2025 ·

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um alerta oficial nesta quarta-feira (3) orientando todos os cidadãos norte-americanos e residentes permanentes legais nos EUA a deixarem a Venezuela "imediatamente". O comunicado reforça um alerta de viagem anterior e cita riscos como detenção arbitrária, terrorismo e infraestrutura de saúde precária.

A medida ocorre em um contexto de crescente tensão diplomática e militar entre Washington e o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA já havia emitido alertas para que companhias aéreas evitassem o espaço aéreo venezuelano, o que levou ao cancelamento de voos e à revogação de licenças de ao menos seis empresas aéreas pelo governo de Maduro.

Risco Consular e Suspensão de Voos

O alerta do Departamento de Estado norte-americano é enfático: "Não viaje para a Venezuela nem permaneça no país". O texto ressalta que, devido ao fechamento da embaixada e do consulado dos EUA no país, o governo americano não pode fornecer serviços consulares ou de emergência a seus cidadãos que lá estejam.

No sábado (29), Donald Trump havia publicado um alerta nas redes sociais dirigido a "companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas", pedindo que considerassem o espaço aéreo venezuelano "totalmente fechado". Anteriormente, em 21 de novembro, a FAA já havia emitido um comunicado citando o "agravamento da situação de segurança e o aumento da atividade militar".

Resposta Venezuelana e Consequências

Como resposta às suspensões de voos por diversas companhias, o governo de Nicolás Maduro revogou, na quinta-feira (27), as licenças de operação de ao menos seis empresas aéreas. Entre as afetadas estão a portuguesa TAP, a colombiana Avianca, a Turkish Airlines e a brasileira Gol.

O contexto de segurança regional também foi agravado por declarações de Trump. Na terça-feira (2), o presidente americano afirmou que bombardeios terrestres contra alvos ligados ao narcotráfico na América Latina começariam "muito em breve". Desde agosto, forças americanas já atacaram 21 embarcações no Caribe e no Pacífico, em ações que resultaram em 83 mortos.

Contexto Diplomático e Conversa Telefônica

As tensões ocorrem mesmo após um contato direto entre os dois mandatários. Em 21 de novembro, Donald Trump e Nicolás Maduro conversaram por telefone por cerca de 15 minutos. Segundo agências internacionais, Maduro teria expressado disposição para deixar a Venezuela, mas condicionou isso a uma anistia legal total para si e sua família, à remoção de todas as sanções americanas e ao fim de um processo que enfrenta no Tribunal Penal Internacional.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conhecido crítico do regime de Maduro, também participou da chamada. Fontes indicam que os dois presidentes chegaram a cogitar um encontro nos Estados Unidos.

Próximos Passos e Mobilização Militar

Além do envio de navios de guerra e de um submarino nuclear para a região do Caribe, os Estados Unidos também deslocaram caças, bombardeiros e helicópteros para o sul do mar Caribe. A movimentação reforça a retórica de Trump sobre uma ofensiva mais ampla contra o narcotráfico na região, que agora incluiria ações terrestres.

Com o alerta de evacuação em vigor e sem presença consular no país, a situação para os cidadãos americanos remanescentes na Venezuela torna-se crítica, dependente de canais diplomáticos indiretos ou da assistência de outros países.

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