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IBGE: mais de 8 milhões de pessoas saíram da pobreza entre 2023 e 2024

IBGE: mais de 8 milhões de pessoas saíram da pobreza entre 2023 e 2024

Redução histórica foi impulsionada por programas sociais, que evitaram que a pobreza extrema triplicasse no país.

Redação
Redação

3 de dezembro de 2025 ·

O número de pessoas em situação de pobreza no Brasil caiu em mais de 8 milhões entre 2023 e 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (3). A proporção da população considerada pobre recuou de 27,3% para 23,1% no período, a terceira queda anual consecutiva.

O levantamento do órgão federal atribui a redução diretamente aos programas sociais do governo. Segundo o IBGE, sem esses benefícios, a proporção de pessoas na extrema pobreza teria saltado de 3,5% para 10,0% da população em 2024, um aumento de quase três vezes. A pobreza geral também seria maior, passando de 23,1% para 28,7%.

Nordeste lidera redução, mas desigualdades persistem

Em recorte regional, o Nordeste apresentou a maior queda na proporção de pessoas pobres, passando de 47,2% em 2023 para 39,4% em 2024. Em contraste, a região Sul registrou a menor diminuição do país, com o índice caindo para 11,2%.

Os dados também revelam disparidades significativas por gênero e raça. A pobreza atinge mais as mulheres (20%) do que os homens (22,2%). Entre as mulheres pretas ou pardas, os índices são ainda mais alarmantes: 30,4% estão na pobreza e 4,5% na extrema pobreza. Para a população parda e preta em geral, as taxas são de 29,8% e 25,8%, respectivamente.

Contexto histórico e manutenção de benefícios

O IBGE destaca que a manutenção dos valores pagos pelo programa Bolsa Família, em patamares superiores aos do período pré-pandemia, foi crucial para a continuidade da redução da pobreza. O índice, que havia atingido seu pico em 2021, durante a pandemia de Covid-19, vem registrando quedas anuais desde 2022.

Os parâmetros utilizados para definir as linhas de pobreza e extrema pobreza seguem as recomendações do Banco Mundial. A análise do IBGE considera a renda domiciliar per capita e o valor necessário para cobrir necessidades básicas de alimentação e moradia.

O estudo reforça o papel central da política de transferência de renda na proteção social dos mais vulneráveis. A continuidade e o ajuste dos valores dos benefícios são apontados como fatores determinantes para a sustentabilidade da trajetória de queda da pobreza nos próximos anos.

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