Neste domingo (2), Israel anunciou a suspensão da entrega de ajuda humanitária em Gaza, uma medida que gerou rápida repercussão, sendo interpretada pelo Hamas como uma violação do frágil acordo de cessar-fogo no território. As tensões na região aumentaram consideravelmente após a declaração de Israel, que ocorre em meio a relatos de ataques israelenses que resultaram em mortes, conforme informado pelo Ministério da Saúde local.
A trégua, negociada com a mediação do Catar e o auxílio dos Estados Unidos e Egito, entrou em vigor em 19 de janeiro e seu término deixou impasses entre Israel e o Hamas sobre acordos futuros. Israel, por sua vez, alegou que havia aceitado uma proposta de extensão da trégua durante o feriado muçulmano do Ramadã e a Páscoa judaica, o que incluiria a libertação de reféns em duas etapas, conforme discutido com o enviado americano Steve Witkoff. Entretanto, o Hamas rejeitou a proposta, considerando-a uma violação dos acordos preestabelecidos.
Com a decisão de suspender a ajuda humanitária, um porta-voz do governo israelense declarou que "nenhum caminhão entrou em Gaza nesta manhã e nenhum entrará até novo aviso". O Hamas respondeu à medida, intitulando-a como uma chantagem e um ataque contra o acordo de trégua. Além disso, o movimento palestino fez um apelo à comunidade internacional para que intervenha e pressione Israel a reverter sua decisão, citando as consequências devastadoras para a população de Gaza, que já sofre severamente desde o início da guerra em outubro de 2023.
Atualmente, a situação em Gaza permanece crítica, e o Ministério da Saúde relatou que quatro pessoas morreram em ataques israelenses enquanto tentativas de negociar uma nova fase da trégua continuam sem sucesso. O Exército israelense justifica suas operações como ações contra atividades suspeitas, aumentando o temor de uma possível escalada nas hostilidades no território.
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