Novas pesquisas arqueológicas desmistificam crenças populares sobre Tutancâmon, o faraó que governou o Egito entre 1332 e 1323 a.C. Especialistas reunidos no festival de ciência de Cheltenham, no Reino Unido, apresentaram evidências que contradizem narrativas consolidadas sobre sua saúde, morte e até sobre a famosa maldição associada à sua tumba.
Bastões funerários tinham função simbólica
A teoria de que Tutancâmon era um jovem doente e debilitado foi contestada pelos pesquisadores. Os mais de cem bastões encontrados em sua tumba, antes interpretados como apoio para locomoção, teriam na verdade função ritualística. Exames no esqueleto do faraó não apresentaram sinais de doenças incapacitantes.
Maldição foi invenção midiática
A suposta maldição que teria atingido os exploradores da tumba, como Lord Carnarvon, foi desmentida por estudos estatísticos. As mortes registradas ocorreram por causas naturais ou acidentes comuns para a época, sem padrão anormal. A narrativa foi amplificada por jornais sensacionalistas após a descoberta em 1922.
Morte por causas naturais
Tomografias realizadas em 2005 revelaram que Tutancâmon sofreu uma fratura grave na perna que infeccionou, combinada com malária. A análise científica descartou teorias de assassinato ou acidente com carruagem, apontando para causas naturais como responsáveis pela morte precoce aos 19 anos.
Artefatos funerários reaproveitados
Pesquisas comprovam que alguns objetos da tumba, incluindo a icônica máscara de ouro, foram originalmente feitos para outros membros da realeza, como Akhenaton. Especialistas explicam que essa prática era comum no Egito Antigo e não diminui o valor histórico dos achados.
Os novos estudos reforçam a importância de separar fatos históricos de lendas populares sobre um dos faraós mais conhecidos do mundo. Museus e instituições acadêmicas estão atualizando suas exposições com essas descobertas científicas.
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