Com a morte do papa Francisco em 21 de abril, a expectativa sobre o próximo líder da Igreja Católica se intensifica. Entre os nomes que emergem como favoritos, o cardeal ganês Peter Turkson volta à cena, apesar de suas declarações passadas sobre não estar preparado para a função e das dúvidas sobre a aceitação de um papa negro. Essa possível mudança de paradigma se coloca em debate, especialmente quando se considera o crescimento da população católica na África.
No entanto, Turkson não é o único candidato africano que pode assumir o trono papal. Historicamente, a Igreja já teve papas de origem africana, como o papa Vítor no final do século II. Mas, com a crescente porcentagem de católicos africanos, o questionamento sobre a prontidão da Igreja para aceitar um papa negro volta a ser central nas discussões sobre a nova liderança e a sua representatividade.
Perspectivas variadas entre os cardeais africanos podem influenciar essa eleição. Enquanto Turkson adota uma postura moderada em questões como os direitos LGBTQIA+, outros, como Fridolin Ambongo da República Democrática do Congo, defendem posições tradicionais e conservadoras. Isso levanta questões sobre o que os cardeais com direito a voto priorizarão quando chegarem ao conclave, uma vez que, apesar da representação crescente, a presença africana ainda é sub-representada na cúpula da Igreja.
As investigações sobre a situação interna da Igreja estão em andamento à medida que o conclave se aproxima. Analistas e especialistas continuam a debater as implicações de um eventual papa africano, enquanto a Igreja Católica enfrenta novos desafios sociais e éticos. A expectativa é que as discussões sobre esses temas sejam um ponto crucial na definição do próximo líder da Igreja.