A estreia do quadro "iG foi pro espaço", transmitido pelo Instagram do Portal iG nesta quarta-feira (18), discutiu o caso de Laysa Peixoto, que viralizou ao afirmar ser a primeira mulher astronauta brasileira - informação posteriormente desmentida. Participaram do debate Pedro Pallotta, CEO da Space Orbit, e Luísa Santos, pesquisadora aeroespacial, com mediação de Giovana Hueb, editora de Redes Sociais do iG.
Repercussão e críticas
Pedro Pallotta, que foi o primeiro a questionar publicamente as alegações de Laysa, afirmou: "É um desserviço para a área espacial fazer isso. Tem gente que estuda pra caramba para ser astronauta". O caso ganhou proporções nacionais e internacionais, chegando a ser noticiado até na Índia.
Dificuldades na carreira espacial
Luísa Santos destacou os desafios reais da profissão, incluindo preconceito de gênero e altos custos de formação. "Tenho muitos exemplos de colegas que estão nessa mesma meta e a gente passa por tantos problemas nessa carreira", relatou. Ela citou que um de seus treinamentos custou cerca de US$ 10 mil (R$ 54 mil).
Inconsistências no caso
Os especialistas apontaram que Laysa participava na verdade de um programa educacional da NASA chamado L'SPACE, e não tinha qualificações para se declarar astronauta. Eles destacaram que mesmo brasileiros com anos de experiência em missões como Perseverance e Curiosity não se autointitulam dessa forma.
Consequências para o setor
O debate alertou para os riscos de desinformação, que pode desestimular jovens interessados em ciência. "Os pais dessas crianças vão falar: 'Isso aí é bobeira, ninguém vira astronauta'", comentou Pallotta. Ambos os especialistas relataram que colegas passaram a divulgar currículos acadêmicos para comprovar suas qualificações após o caso.
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