Polícia identifica suspeitos de roubo de obras de arte em biblioteca de SP com câmeras de reconhecimento facial
Imagens de sistema de segurança da prefeitura ajudaram a localizar e prender um dos homens; Interpol foi acionada.
A Polícia Civil de São Paulo identificou dois suspeitos do roubo de obras de arte e documentos históricos na Biblioteca Mário de Andrade, no Centro da capital paulista, ocorrido no último domingo (7). A identificação foi possível graças às imagens de câmeras do sistema SmartSampa, programa da Prefeitura de São Paulo que utiliza reconhecimento facial. Um dos homens foi preso nesta segunda-feira (8) e outro continua foragido.
Os investigadores da 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) analisaram os vídeos, que mostram os movimentos dos suspeitos. As obras de arte roubadas, no entanto, ainda não foram localizadas pela polícia.
Sequência do crime captada pelas câmeras
As imagens, com pouco mais de um minuto de duração, mostram uma van azul estacionando na Rua João Adolfo, por volta das 10h43. O local fica a cerca de quatro minutos a pé da Biblioteca Mário de Andrade, na Rua da Consolação. Dois homens descem do veículo e seguem pela calçada.
Pouco tempo depois, eles retornam para a van. Um deles, vestindo uma camiseta clara, é visto retirando duas telas do veículo e caminhando com elas. Em outro ângulo, é possível ver o mesmo homem deixando as telas encostadas em um muro, próximo a sacos de lixo, no cruzamento da Rua João Adolfo com a Rua Alfredo Gagliotti.
Fuga e prisão
Após deixar as telas, o suspeito de camiseta clara atravessa a rua correndo e desaparece na esquina. Em seguida, outro homem aparece, pega as telas do chão e as carrega na cabeça, seguindo na mesma direção, acompanhado por um terceiro indivíduo.
Com base na análise das imagens, os policiais da Cerco conseguiram localizar e prender um dos suspeitos nesta segunda-feira, na região central de São Paulo. As diligências para encontrar as obras e o segundo suspeito continuam.
Obras roubadas e ação internacional
Do acervo da biblioteca, foram roubadas oito gravuras de Henri Matisse e cinco gravuras de Candido Portinari, da obra “Menino de Engenho”. Durante o assalto, os ladrões invadiram o prédio e dominaram um vigilante e um casal de idosos que visitava o local.
Para impedir que as valiosas obras saiam do país, a Interpol foi acionada por meio da Polícia Federal. A medida busca alertar autoridades alfandegárias e policiais internacionais sobre o roubo.
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