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Rússia mantém maior submarino nuclear do mundo em operação após 40 anos
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Rússia mantém maior submarino nuclear do mundo em operação após 40 anos

Embarcação de 175 metros serve como laboratório para testes de novas tecnologias navais russas

Redação
Redação

22 de novembro de 2025 ·

O submarino nuclear Dmitry Donskoy, da classe Typhoon, permanece como a maior embarcação submersível do mundo ainda em atividade após mais de quatro décadas de serviço. Com 175 metros de comprimento e deslocamento de 48 mil toneladas, a nave russa supera em tamanho três campos de futebol e continua operacional quando outros cinco submarinos da mesma classe já foram desativados.

Desenvolvido durante a Guerra Fria para enfrentar os Estados Unidos e aliados, o Donskoy atualmente funciona como laboratório flutuante para testar novas tecnologias navais e mísseis russos. Seu design multicasco abriga 19 compartimentos e inclui características únicas como mecanismo para quebrar gelo e capacidade de operar nas águas congelantes do Ártico.

Características técnicas impressionantes

O submarino Typhoon mede 175 metros de comprimento por 23 metros de largura, com calado de 12 metros. Na superfície, alcança 12 nós de velocidade, enquanto submerso chega a 25 nós. Seu sistema de propulsão magneto-hidrostática garante ataques silenciosos contra alvos inimigos.

A embarcação era originalmente equipada com 20 mísseis balísticos intercontinentais R-39 'Rif', também conhecidos como SS-N-20 Sturgeon. Esses mísseis mediam 53 pés de comprimento por 8 pés de largura, representando uma das capacidades de ataque mais formidáveis já desenvolvidas.

Submarinos que marcaram história

Além do Typhoon, outras classes de submarinos se destacam por suas capacidades. Os submarinos da classe Ohio, da Marinha dos EUA, possuem 24 mísseis Trident II com alcance de 12 mil quilômetros cada, representando mais de 50% do arsenal termonuclear americano.

Já os submarinos russos da classe Borei, desenvolvidos após o fim da União Soviética, têm deslocamento de 24 mil toneladas e capacidade para 107 tripulantes. Com 170 metros de comprimento, são equipados com 16 mísseis balísticos Bulava e representam a modernização da frota submarina russa.

Evolução das embarcações submersíveis

Os submarinos evoluíram significativamente desde a Segunda Guerra Mundial. O USS Nautilus, em 1955, tornou-se o primeiro submarino movido a energia nuclear, marcando nova era para essas embarcações. Atualmente, desempenham funções cruciais como dissuasão nuclear, vigilância e patrulha em águas territoriais.

Os submarinos da classe Vanguard britânica, com 150 metros de comprimento e capacidade para transportar 192 ogivas, representam o ápice da tecnologia ocidental. Equipados com mísseis nucleares Trident II D5, podem atingir alvos a 5 mil milhas de distância.

Futuro das frotas submarinas

A classe Ohio dos EUA, com vida útil de 40 anos, deve ser substituída pela classe Columbia até o final desta década. Na Grã-Bretanha, a classe Dreadnought substituirá os Vanguard até 2030, mantendo a corrida tecnológica entre as potências navais mundiais.

Os avanços contínuos em sistemas de propulsão, redução de ruído e capacidades de ataque garantem que os submarinos permanecerão como componentes essenciais das estratégias de defesa naval global nas próximas décadas.

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