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Vigia relata ação de criminosos em assalto a obras de arte na Biblioteca Mário de Andrade
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Vigia relata ação de criminosos em assalto a obras de arte na Biblioteca Mário de Andrade

Funcionária descreve como ladrões usaram martelo para roubar gravuras de Portinari e Matisse no centro de São Paulo.

Redação
Redação

9 de dezembro de 2025 ·

Uma vigia que trabalhava na Biblioteca Mário de Andrade, no centro da capital paulista, relatou os detalhes do assalto que resultou no roubo de valiosas obras de arte no último domingo (7). A ação ocorreu por volta das 10h20 e envolveu dois criminosos que renderam funcionários e visitantes para furtar gravuras de Candido Portinari e Henri Matisse.

De acordo com o depoimento da funcionária ao SP1, da TV Globo, um dos homens a abordou em seu posto de trabalho, mostrou uma arma e anunciou o assalto. "Ele disse que não era nada pessoal, que só queria as obras de arte", contou a vigia. Ela foi obrigada a acompanhá-lo até a área da exposição, enquanto o outro suspeito monitorava o ambiente.

Quebra da proteção e roubo das obras

Ao chegar ao local das gravuras da série "Menino de Engenho", de Portinari, o criminoso retirou um martelo de uma mochila e tentou quebrar a cúpula de vidro que protegia as peças. "Ele tentou quebrar com o martelo, não conseguiu e então subiu em cima. A estrutura cedeu com o peso", narrou a testemunha. Cinco das sete gravuras expostas foram levadas.

Os ladrões também arrancaram à força os quadros da série "Jazz", de Henri Matisse, que estavam fixados em uma parede. "Deu até um pouco de trabalho", completou a vigia. Um casal de idosos que visitava o local também foi rendido durante a ação.

Fuga meticulosa e prisão de envolvido

Após o roubo, os criminosos deixaram a biblioteca pela porta da frente e caminharam cerca de 200 metros até uma esquina, onde uma van aguardava para a fuga. O veículo foi posteriormente abandonado. As câmeras do sistema Smart Sampa registraram toda a movimentação, mostrando que os suspeitos trocaram de roupas durante a fuga.

Em um momento de nervosismo, confundindo a aproximação de um carro comum com uma viatura, os assaltantes descartaram temporariamente parte dos quadros em uma esquina da região central. Logo em seguida, recolheram as obras e prosseguiram a pé, chegando a atravessar a Avenida Nove de Julho.

Um homem foi preso por envolvimento no crime. Felipe dos Santos Fernandes Quadra, de 31 anos, foi localizado em uma residência no bairro da Mooca, na Zona Leste de São Paulo.

Investigações em andamento e medidas preventivas

O caso é investigado pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). Para tentar impedir que as peças deixem o país, a Prefeitura de São Paulo acionou a Interpol por meio da Polícia Federal.

Até o momento, nenhuma das obras roubadas foi recuperada. As autoridades seguem com as buscas pelos objetos de arte e pelos outros suspeitos envolvidos no assalto.

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