O vulcão Iliamna, localizado no sul do Alasca (EUA), está sob vigilância constante após registrar uma série de tremores sísmicos em 15 de junho. O fenômeno, descrito como "quase contínuo" por cientistas do Observatório de Vulcões do Alasca (AVO), ocorre 158 anos após sua última erupção confirmada, em 1867.
Com 3.054 metros de altitude, o Iliamna está situado na Reserva e Parque Nacional do Lago Clark, a aproximadamente 320 km de Anchorage. A combinação de calor vulcânico com geleiras instáveis torna a área propensa a avalanches, que podem ser confundidas com atividade eruptiva.
Riscos potenciais para a região
Embora o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) mantenha o nível de alerta em "normal", comunidades como Pedro Bay e Port Alsworth estão no raio de ação potencial do vulcão. O AVO monitora 52 vulcões ativos no Alasca, incluindo o vizinho Redoubt, conhecido por sua atividade recente.
O satélite Landsat 8 captou imagens do Iliamna em 10 de junho, cinco dias antes da intensificação sísmica. Cientistas da NASA analisam os dados para determinar se os tremores indicam movimento magmático ou apenas deslocamento de gelo e rochas.
Histórico de falsos alarmes
Registros do Serviço Nacional de Parques (NPS) mostram que o Iliamna já apresentou atividade superficial em 1876, 1933, 1941 e 1947 - sempre sem evoluir para erupções plenas. Em 1956 e 1958, relatos não confirmados mencionaram emissões de fumaça e vapor.
A base de granito jurássico do vulcão, coberta por neve permanente, cria condições geológicas únicas. Especialistas explicam que o derretimento glacial pode desencadear avalanches sem relação com atividade magmática.
O AVO continua coletando dados sísmicos diários e planeja sobrevoos para monitorar possíveis mudanças térmicas. Autoridades alertam que qualquer alteração significativa no status será comunicada imediatamente às comunidades próximas.
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