O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, confirmou neste domingo (22) evidências de danos na usina nuclear de Fordo, no Irã, após ataques americanos. A instalação subterrânea, fortificada em montanhas, é estratégica para o programa nuclear iraniano.
"Há indicações claras de impactos na instalação nuclear de Fordo", declarou Grossi à CNN, sem detalhar a extensão dos danos. O local enriquece urânio em níveis proibidos pelo acordo nuclear de 2015, do qual os EUA se retiraram em 2018.
Foco nas tensões internacionais
Fontes diplomáticas sugerem que Fordo pode ter sido alvo de sabotagem, hipótese não confirmada pelo governo iraniano. Teerã afirma cooperar com a AIEA, mas não divulgou detalhes técnicos sobre o incidente.
A agência reforçou pedidos de transparência e mantém monitoramento contínuo. Relatórios recentes mostram que o Irã continua enriquecendo urânio a 60% - próximo do nível necessário para armas (90%) e acima do limite de 3,67% estabelecido no acordo nuclear.
Contexto estratégico
Fordo opera 1.044 centrifugadoras IR-1 em túneis sob montanhas a 30km de Qom. Projetada para resistir a ataques aéreos, a instalação tornou-se símbolo das tensões desde sua descoberta pelo ocidente em 2009.
Os danos podem reacender debates sobre segurança nuclear regional. Analistas apontam riscos de escalada, enquanto o Irã insiste no caráter pacífico de seu programa.
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