Eduardo Bolsonaro lamenta retirada de Moraes de lista de sanções dos EUA
Deputado, que está nos Estados Unidos, publicou nota após decisão do governo americano que revogou punições contra o ministro do STF e sua esposa.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu publicamente à decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A manifestação ocorreu por meio de uma postagem na rede social X, nesta sexta-feira (12).
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro, onde alega sofrer perseguição política. Na nota, assinada em conjunto com o blogueiro Paulo Figueiredo, o parlamentar afirmou ter recebido a notícia "com pesar". O deputado é apontado como um dos negociadores das sanções contra autoridades brasileiras impostas pelo governo norte-americano em julho do ano passado.
Conteúdo da Nota Pública
Na publicação intitulada "Nota Pública", Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo afirmaram ser "gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil".
O texto também expressa frustração com a falta de unidade política no Brasil para enfrentar o que chamam de "problemas estruturais". "Lamentamos que a sociedade brasileira, diante da janela de oportunidade que teve em mãos, não tenha conseguido construir a unidade política necessária", diz um trecho.
Contexto das Sanções e Processos Judiciais
As sanções contra o ministro Alexandre de Moraes foram anunciadas pelo governo dos Estados Unidos em julho. Na época, a justificativa citou o processo no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu na ação criminal da trama golpista. Em setembro, Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo a 27 anos e 3 meses de prisão.
Em novembro, a Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro, tornando-o réu por crime de coação. A acusação alega que o deputado tentou interferir, a partir dos Estados Unidos, no julgamento do processo envolvendo seu pai.
Posicionamento Final e Situação Atual
A nota pública conclui com um desejo de que a decisão do presidente Donald Trump "seja bem-sucedida em defender os interesses estratégicos dos americanos". O texto finaliza: "Quanto a nós, continuaremos trabalhando, de maneira firme e resoluta, para encontrar um caminho que permita a libertação do nosso país".
Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado, cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
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