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BBC enfrenta crise após vazamento de relatório sobre militância editorial
Boletim Diário

BBC enfrenta crise após vazamento de relatório sobre militância editorial

Documento interno revela viés partidário e leva à renúncia de dois principais executivos da emissora britânica

Redação
Redação

23 de novembro de 2025 ·

A BBC, corporação pública de rádio e TV do Reino Unido, enfrenta sua maior crise institucional após o vazamento de um relatório interno que detalha graves falhas de conduta jornalística. O documento, exposto pelo jornal The Telegraph, levou à renúncia do diretor-geral Tim Davie e da CEO da BBC News, Deborah Turness.

O relatório foi elaborado por Michael Prescott, que atuou como conselheiro independente do Conselho Editorial da BBC até junho de 2025. Em suas páginas, Prescott alertou repetidamente a direção sobre a crescente militância editorial da emissora, documentando casos específicos de manipulação de conteúdo.

Casos de manipulação documentados

Entre os episódios citados no relatório está a produção de um documentário sobre a invasão do Capitólio em janeiro de 2021, lançado em junho de 2024. O discurso do então candidato Donald Trump foi manipulado artificialmente para transformá-lo em um chamado inflamado à violência.

Em junho deste ano, a BBC também optou por não interromper a transmissão ao vivo de um show do cantor de rap Bob Vylan, que durante longos minutos gritava "Death, Death to the IDF" (morte aos soldados israelenses), sendo acompanhado por um público excitado.

Documentário com ligações terroristas

Outro caso grave envolveu o documentário "Gaza: How To Survive A Warzone", que tinha como narrador um menino palestino descrevendo seu dia a dia em uma zona de guerra. A emissora demorou a admitir que o personagem principal era filho de um oficial do Hamas, grupo terrorista, e acabou retirando a produção do ar após explicações constrangedoras.

Para os israelenses, esses episódios não surpreenderam, já que o viés antissemita e antissionista da BBC foi recorrente durante toda a guerra entre Israel e Gaza. O relatório de Prescott revela um padrão de conduta que vai além do jornalismo imparcial.

Contexto mais amplo

A BBC não está sozinha nesse caminho: veículos de relevância mundial como The Guardian e The New York Times também dedicam-se abertamente à militância editorial. A crise na BBC representa um alerta sobre o papel da mídia que, longe de ser apenas observadora, comporta-se como provocadora de tragédias humanas.

As perspectivas de mudança imediata na postura da BBC são remotas, com a emissora mantendo a postura cínica que marca sua atuação recente. O escândalo evidencia a erosão da credibilidade jornalística em uma das mais tradicionais organizações de mídia do mundo.

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