A Prefeitura de Barrolândia, situada no estado de Tocantins, decidiu cancelar o concurso público que oferecia 112 vagas imediatas e a criação de um cadastro de reserva, com salários que variavam de R$ 1.402 a R$ 15 mil. A anulação foi motivada por denúncias de irregularidades, principalmente favorecimento a servidores comissionados. O Ministério Público Estadual (MPE) identificou problemas no cálculo das vagas destinadas a cotas raciais e para pessoas com deficiência, que não estariam de acordo com a legislação.
A decisão de cancelar o concurso foi formalizada na edição do Diário Oficial do Município, publicado na última terça-feira (10). O documento destaca a necessidade de adequar o edital às normativas legais para evitar futuros questionamentos e contestações. Durante a apuração, uma das irregularidades mais alarmantes foi o fato de que o esposo de uma das integrantes da comissão organizadora fez a prova sem que o município tivesse conhecimento, sendo informado somente após a investigação do MPE.
A banca responsável pelo certame, Inaz do Pará, ainda não foi oficialmente notificada sobre qualquer definição do Tribunal de Justiça ou das alegações do MPE. A prefeitura comunicou que as orientações sobre as restituições das inscrições aos candidatos também serão divulgadas em breve, tanto no site oficial do município quanto no Diário Oficial. Além disso, a apuração revelou que a distribuição das vagas não seguia o previsto, como a não reserva de 5% para pessoas com deficiência e 20% para candidatos autodeclarados negros ou pardos, infrações que comprometem a legitimidade do concurso.
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