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Contran aprova fim da carga horária obrigatória em autoescolas para CNH
Política

Contran aprova fim da carga horária obrigatória em autoescolas para CNH

Medida pode reduzir custos do processo de habilitação em até 80%, segundo estimativas do governo federal.

Redação
Redação

1 de dezembro de 2025 ·

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou, por unanimidade, neste domingo, uma resolução que acaba com a obrigatoriedade da carga horária em autoescolas para quem deseja obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A mudança, considerada histórica, aguarda publicação no Diário Oficial da União para entrar em vigor em todo o território nacional.

A partir da vigência da nova regra, os candidatos à primeira habilitação poderão optar por estudar de forma autônoma para a prova teórica e contratar instrutores independentes credenciados para as aulas práticas. A medida tem como principal objetivo reduzir o custo do processo, que hoje varia entre R$ 3.200 e R$ 5.000.

Redução de custos e impacto social

Segundo estimativas do governo federal, o fim da obrigatoriedade das autoescolas pode reduzir os custos para obter a CNH em até 80%. Com a mudança, o valor médio deve cair para uma faixa entre R$ 640 e R$ 1.000.

A medida é vista como especialmente benéfica para pessoas de baixa renda e moradores de regiões periféricas, onde o acesso a autoescolas é mais difícil e caro. Atualmente, estima-se que cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem sem habilitação no país.

Exigências que permanecem

É importante destacar que, apesar da flexibilização, os exames de aptidão continuam obrigatórios. Para tirar a CNH, o candidato ainda precisará ser aprovado na prova teórica, que testa conhecimentos sobre legislação de trânsito, e na prova prática de direção veicular, que avalia habilidades ao volante.

O processo de habilitação poderá ser iniciado pelo site do Ministério dos Transportes ou por meio do aplicativo CDT (Carteira Digital de Trânsito).

Debate sobre segurança e fiscalização

Especialistas em trânsito alertam para a necessidade de um reforço na fiscalização e um monitoramento rigoroso dos índices de acidentes após a implementação da nova regra. A preocupação central é que candidatos sem uma formação estruturada possam obter a habilitação.

O governo, no entanto, defende a medida. Em declaração, o Ministro dos Transportes, Renan Filho, argumentou que "as aulas não garantem aptidão, a prova garante", sustentando que o critério de avaliação final mantém os padrões de segurança.

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