COP30 é suspensa após questionamentos de países sobre aprovação de textos
Conferência do Clima em Belém é interrompida quando delegações contestam validade de documentos aprovados
A Conferência do Clima (COP30) foi suspensa às 14h15 deste sábado (22) em Belém, logo após a aprovação de uma série de acordos negociados durante duas semanas. A interrupção ocorreu quando delegações de países como Colômbia, Panamá, Uruguai e Argentina questionaram a forma como os textos haviam sido validados.
Diante das manifestações, o presidente da sessão decidiu suspender temporariamente os trabalhos para discutir as dúvidas levantadas e tentar construir consenso sobre a validação dos documentos. Pouco antes da suspensão, a plenária havia sido encerrada sob aplausos com a aprovação de mais de dez textos.
Documentos aprovados antes da suspensão
Entre os documentos aprovados estava o "Mutirão Global: Unindo a humanidade em uma mobilização global contra a mudança do clima". Os acordos representavam o resultado de duas semanas de intensas negociações entre as 197 delegações participantes da conferência.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou a plenária Amazonas visivelmente abalada e foi encaminhada para outra sala. A expectativa é de que ela se pronuncie à imprensa após a retomada dos trabalhos.
Contexto das negociações
As COPs (Conferências das Partes) são reuniões anuais da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima que reúnem líderes mundiais para negociar acordos climáticos globais. A COP30 em Belém marcava a volta do evento ao Brasil após 13 anos.
O impasse sobre a validade dos documentos aprovados representa um revés nas discussões climáticas globais, que buscam conter o aquecimento do planeta em 1,5°C conforme estabelecido no Acordo de Paris.
A suspensão temporária permite que as delegações discutam os procedimentos de aprovação e busquem um consenso sobre a validade dos documentos antes da retomada oficial dos trabalhos.
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