André Almeida, novo diretor das categorias de base do Flamengo, gerou controvérsia ao fazer comparações entre as características físicas e mentais de jogadores africanos e europeus durante entrevista de apresentação. As declarações, que viralizaram nas redes sociais, foram criticadas pelo comentarista Paulo César Vasconcellos como racistas.
Declarações polêmicas
Em sua coletiva, Almeida afirmou: "A África tem valências físicas como quase nenhuma parte do mundo. Se quisermos ir para a parte mental, temos que ir a outras zonas da Europa". O dirigente também sugeriu que os jogadores brasileiros têm "dom" e "magia", mas não mencionou características mentais para atletas africanos.
Críticas do comentarista
PC Vasconcellos, em programa no SporTV, afirmou: "Essa fala não é polêmica, é racista, para ser bem claro". O jornalista destacou que o racismo não se limita a insultos diretos, mas também se manifesta em estereótipos como os apresentados pelo dirigente. "O corpo preto africano não pensa, é incapaz de pensar", interpretou Vasconcellos sobre as declarações.
Contexto histórico
O comentarista relacionou as falas ao legado da escravidão no Brasil: "O Brasil é africano, é consequência do povo africano, que veio para cá para ser escravizado". Vasconcellos também citou situações cotidianas de racismo, como o medo gerado pela presença de corpos negros em espaços públicos.
Repercussão e próximos passos
Após a polêmica, Almeida emitiu uma nota se explicando, mas não se retratou formalmente. O Flamengo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Especialistas em relações raciais no esporte alertam para o impacto desses estereótipos na formação de jovens atletas.
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