Stanley Fischer, economista renomado e ex-vice-presidente do Federal Reserve (Fed) entre 2014 e 2017, faleceu aos 81 anos no sábado (31). O Banco de Israel, que Fischer comandou por oito anos, confirmou a morte sem divulgar a causa.
Nascido na Zâmbia e formado no MIT, Fischer teve papel decisivo na economia global por cinco décadas. Foi peça fundamental no Plano de Estabilização Econômica de Israel em 1985 e liderou a resposta à crise financeira de 2008 como governador do Banco Central israelense.
Trajetória acadêmica e política
Fischer orientou gerações de economistas, incluindo o atual presidente do BID, Ilan Goldfajn, que o definiu como "referência para toda a vida". Sua carreira incluiu passagens pelo FMI (como economista-chefe), Banco Mundial e Citigroup.
No Fed, trabalhou ao lado de Janet Yellen durante a normalização da política monetária pós-crise. Antes, como vice-diretor-gerente do FMI (1994-2001), coordenou pacotes de resgate durante a crise asiática de 1997.
Legado em Israel
O Banco de Israel destacou seu "grande impacto" na economia local, reduzindo a inflação de 445% (1984) para um dígito em dois anos. Como governador (2005-2013), acumulou reservas recordes de US$ 80 bilhões e manteve o crescimento durante a Grande Recessão.
Amir Yaron, atual presidente do banco central israelense, afirmou: "Gerações de funcionários inclinam suas cabeças ante seu legado significativo". Fischer foi o primeiro cidadão não-israelense a comandar a instituição.
Repercussão global
Autoridades internacionais lamentaram a morte do economista, lembrado por combinar rigor técnico com pragmatismo político. Seus trabalhos sobre expectativas racionais e crises cambiais seguem como referência em universidades.
Fischer deixa esposa, Rhoda, três filhos e seis netos. Seu funeral ocorrerá em Israel, onde receberá honras de estado.
Deixe seu Comentário
0 Comentários