O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (9) a imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A decisão foi comunicada pelo presidente Donald Trump em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando "tarifas injustas" e barreiras comerciais como justificativa.
Reação do Congresso Nacional
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (PP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), emitiram nota conjunta nesta quinta (10) afirmando que o Congresso agirá "com equilíbrio e firmeza". O texto menciona a Lei da Reciprocidade Econômica como instrumento de defesa da soberania nacional.
Impactos econômicos imediatos
A medida afetará setores estratégicos como:
• Petróleo e aço: Ternium e ArcelorMittal podem reduzir produção
• Agronegócio: Café, carne bovina e suco de laranja na lista
• Etanol: Perda de competitividade frente ao produto americano
Em 2024, os EUA absorveram 12% das exportações brasileiras (US$ 40,3 bilhões). Economistas projetam queda nas vendas, desvalorização do real e possível aumento da inflação.
Contexto político
Trump vinculou a medida a decisões do STF contra Jair Bolsonaro, citando especificamente o ministro Alexandre de Moraes e ações contra a plataforma X. O governo brasileiro classificou a tarifa como violação das regras da OMC e estuda recorrer à organização.
Próximos passos
O Itamaraty e o MDIC afirmaram que responderão com reciprocidade caso não haja acordo. Trump sugeriu que empresas brasileiras instalem fábricas nos EUA para evitar as tarifas.
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