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Farmacêutica é morta a facadas pelo ex-marido na frente da filha em Santo André
Saúde e Bem-Estar

Farmacêutica é morta a facadas pelo ex-marido na frente da filha em Santo André

Vítima de 38 anos já havia sido agredida pelo agressor em outubro, segundo Conselho Federal de Farmácia.

Redação
Redação

8 de dezembro de 2025 ·

A farmacêutica Daniele Guedes, de 38 anos, foi assassinada a facadas pelo ex-marido, Cristian Antunes, na manhã do último domingo (7), no bairro Jardim Estádio, em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo. O crime, classificado como feminicídio, ocorreu na frente da filha do casal, de 11 anos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a Polícia Militar foi acionada para uma ocorrência de violência doméstica e, ao chegar ao local, encontrou a vítima caída no chão. O ex-marido estava ao lado dela e confessou o crime. A faca utilizada no homicídio foi apreendida.

A vítima foi socorrida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado no 6º Distrito Policial de Santo André e o agressor segue preso.

Histórico de violência e repúdio do conselho

Em nota, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) informou que Daniele Guedes já havia sido agredida por Cristian Antunes em outubro deste ano. O órgão emitiu um comunicado repudiando veementemente o crime.

“O CFF repudia de forma veemente este ato de violência de gênero. O presidente do conselho, Walter Jorge João, ressaltou que não podemos fechar os olhos para uma situação como essa e destacou a urgência de medidas para enfrentar o machismo estrutural que sustenta o feminicídio”, diz trecho da nota.

O conselho também destacou a ironia trágica da data: o crime aconteceu no mesmo dia em que o Brasil testemunhou uma onda de protestos contra o feminicídio e apenas um dia após o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Números alarmantes da violência contra a mulher

Os dados da SSP-SP mostram um cenário grave de violência de gênero no estado. Entre janeiro e outubro de 2025, São Paulo registrou 207 feminicídios.

Na capital paulista, a situação é particularmente alarmante, com 53 casos no mesmo período – o maior índice anual desde 2018. Conforme o levantamento, o mês de maio foi o mais violento, com 26 feminicídios registrados.

O caso de Daniele Guedes se soma a uma estatística nacional sombria: apenas nos primeiros nove meses de 2025, o Brasil já havia registrado mais de mil feminicídios.

Contexto e próximos passos

O feminicídio é qualificado quando o assassinato envolve violência doméstica, familiar ou menosprezo pela condição de mulher. A legislação brasileira prevê pena de 12 a 30 anos de prisão para esse crime.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil de São Paulo. A SSP-SP reforçou, por meio de sua assessoria, o canal de denúncias para casos de violência contra a mulher, o Disque 180, e destacou a importância da notificação para interromper ciclos de violência.

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