O governo federal decidiu adiar a mudança no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) após semanas de tensão com o Congresso. A medida, anunciada como parte do ajuste fiscal, gerou atritos entre os Poderes e levou a intensas negociações para encontrar uma solução consensual.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou nesta terça-feira (3) o adiamento após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil). A proposta alternativa será apresentada aos líderes partidários antes da divulgação pública.
Diálogo com o Congresso
Haddad afirmou que a solução foi construída em conjunto com os presidentes do Legislativo. "Estamos agindo com cautela porque precisamos dos votos do Congresso Nacional", disse o ministro, destacando a necessidade de convencer os parlamentes sobre a solidez da alternativa.
O prazo de dez dias dado por Hugo Motta para o governo apresentar uma proposta alternativa ao aumento do IOF foi cumprido. A medida temporária, anunciada duas semanas atrás, integra o esforço para atingir a meta fiscal de 2025.
Defesa da medida temporária
O ministro defendeu a elevação do IOF como necessária para o equilíbrio das contas públicas, mas afirmou buscar soluções estruturais. "Sabemos o que precisa ser feito, mas precisa tomar a decisão política", declarou Haddad, acrescentando que acredita numa solução ainda esta semana.
Os presidentes do Congresso manifestaram posições alinhadas à busca por reformas estruturais. Alcolumbre destacou que "não podemos simplesmente revogar o decreto sem discutir uma estratégia de país". Já Motta elogiou a abertura do governo ao diálogo com a oposição.
Próximos passos
O decreto que elevou a alíquota do IOF permanece em vigor enquanto a nova proposta não é concluída. Haddad reforçou que parte das medidas depende de aprovação parlamentar para que o texto possa ser revisado.
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