O Hamas apresentou nova proposta de cessar-fogo que inclui a libertação de apenas 10 reféns vivos e 18 corpos dos 58 ainda mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza. Em contrapartida, exige um cessar-fogo de sete anos e a retirada completa do Exército israelense do território, segundo fontes próximas às negociações.
Condições rejeitadas
Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump para as negociações, classificou a proposta como "totalmente inaceitável". Israel reiterou que só aceitará acordo que inclua a libertação de todos os reféns e o desarmamento do Hamas. Atualmente, 35 dos 58 reféns são dados como mortos por autoridades israelenses.
Objetivos divergentes
Enquanto Israel busca garantir a segurança de suas fronteiras e o retorno de todos os cidadãos sequestrados, o Hamas mantém como condição a permanência no poder em Gaza. Documentos obtidos pelo G1 mostram que o grupo planeja usar parte dos reféns restantes como moeda de troca em futuras negociações.
O Ministério da Saúde controlado pelo Hamas em Gaza reportou mais de 50 mil crianças palestinas mortas ou feridas desde outubro de 2023 - uma média de uma criança a cada 20 minutos. A ONU classificou a situação humanitária como "a mais catastrófica" desde o início do conflito.
Próximos passos
As negociações continuam sob mediação egípcia, mas sem avanços concretos. Israel mantém operações militares em Gaza, onde já eliminou toda a liderança sênior do Hamas no território. Analistas apontam que o impasse deve se prolongar enquanto o grupo mantiver reféns como estratégia de barganha.
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