A Universidade Harvard anunciou nesta quarta-feira (4) que não cumprirá a ordem executiva do presidente Donald Trump que proíbe a instituição de admitir estudantes estrangeiros. A medida já resultou no congelamento de mais de US$ 2 bilhões em recursos federais destinados à universidade.
A ordem presidencial, publicada como proclamação de segurança nacional, acusa Harvard de não fornecer informações suficientes sobre atividades de estudantes internacionais e de receber US$ 150 milhões da China. A universidade classificou a ação como "violação flagrante" da Primeira Emenda da Constituição americana.
Confronto jurídico e acadêmico
O Departamento de Segurança Interna (DHS) notificou Harvard na última quinta (29) sobre a intenção de revogar sua certificação no Programa Federal de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio. A universidade tem 30 dias para contestar formalmente a medida.
Segundo a Casa Branca, Harvard reportou dados "deficientes" sobre apenas três estudantes estrangeiros, não atendendo aos requisitos de segurança nacional. A universidade rebateu afirmando que "sempre cumpriu todas as obrigações legais de relatório".
Impacto imediato
A medida afeta diretamente cerca de 7.000 estudantes internacionais - 25% do corpo discente de Harvard. A Embaixada dos EUA no Brasil já orienta candidatos a procurar consulados locais, após a suspensão geral de vistos de estudo.
Fontes do governo revelaram ao "Politico" que está em análise a inclusão da verificação de redes sociais no processo de visto estudantil. Enquanto isso, o Departamento de Estado determinou a suspensão temporária de todas as emissões.
Esta é a segunda ação de Trump contra Harvard em uma semana. Na última quinta (29), a Justiça havia bloqueado tentativa similar via DHS, levando o presidente a usar a via de ordem executiva.
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