Negociações indiretas entre Israel e Hamas foram retomadas neste domingo (6) em Doha, capital do Catar, com mediação dos Estados Unidos, Egito e autoridades catarinas. O principal impasse é a exigência do grupo palestino por um cessar-fogo duradouro, que Israel rejeita após 21 meses de conflito iniciado com os ataques de 7 de outubro de 2023.
Detalhes da proposta em discussão
O plano em debate prevê a libertação de reféns israelenses em troca de detentos palestinos. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou, antes de viajar para Washington, que a reunião com o presidente americano Donald Trump poderia "definitivamente ajudar a avançar" no acordo. "Já libertamos muitos, e muitos deles sairão", declarou Trump a jornalistas.
Números do conflito
Segundo dados oficiais israelenses compilados pela AFP, o ataque do Hamas em outubro de 2023 matou 1.219 pessoas em Israel, maioria civis. Do lado palestino, o Ministério da Saúde de Gaza - controlado pelo Hamas - contabiliza mais de 57.500 mortos, cifra considerada confiável pela ONU. Das 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro, 49 permanecem em cativeiro, sendo que o Exército israelense estima que 27 estejam mortas.
Crise humanitária se agrava
A ONU alerta para situação crítica em Gaza, onde mais de 2 milhões de pessoas enfrentam escassez de alimentos, medicamentos e infraestrutura básica após quase dois anos de guerra. O Hamas exige, entre outras condições, a retomada do sistema de distribuição de ajuda administrado pela ONU.
Histórico de tréguas
Este é o terceiro ciclo de negociações desde o início do conflito. Os dois anteriores resultaram em breves cessar-fogos que permitiram a libertação de reféns israelenses em troca de milhares de prisioneiros palestinos. A atual rodada ocorre enquanto Netanyahu enfrenta pressão interna crescente por um acordo.
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