Leoa que matou jovem em zoológico da PB não será sacrificada, afirma parque

O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), em João Pessoa, informou que a leoa que matou um jovem no último domingo (30) não será submetida à eutanásia. O homem, identificado como Gerson de Melo Machado, de 19 anos, invadiu o recinto dos felinos escalando uma parede de mais de 6 metros e grades de segurança. A perícia da Polícia Civil aponta que o ato pode ter sido um suicídio.

Em nota, a administração do zoológico afirmou que a felina, chamada Leona, foi avaliada pela equipe técnica após o incidente e segue em observação. O parque ressaltou que o animal passou por um "nível elevado de estresse", mas está saudável e não apresenta comportamento agressivo fora do contexto do ocorrido.

Parque permanece fechado

O espaço permanecerá fechado para visitação "até a conclusão das investigações e procedimentos oficiais", conforme comunicado. A medida visa garantir a segurança de visitantes, colaboradores e animais. Equipes de segurança tentaram impedir a ação do jovem, mas não obtiveram sucesso.

Histórico da vítima e críticas ao sistema

A conselheira tutelar Verônica Silva de Oliveira, que acompanhava Gerson, criticou a falta de tratamento adequado para o jovem. Em vídeo, ela afirmou que, embora o Conselho Tutelar de Mangabeira solicitasse laudos, o Estado classificava o caso apenas como "problema comportamental".

Gerson era assistido pela instituição dos 10 aos 18 anos e tinha histórico familiar de esquizofrenia, segundo a conselheira. "Será que alguém com problema comportamental entra na jaula do leão?", questionou, defendendo que o homem precisava de tratamento psiquiátrico especializado.

Cuidados com o animal

O zoológico finalizou seu comunicado destacando que a equipe de veterinários, tratadores e técnicos está dedicada "integralmente ao bem-estar da Leona". O objetivo é garantir que o animal "fique bem, se estabilize emocionalmente e retorne à sua rotina com segurança".