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Lula condiciona candidatura em 2026 à saúde e critica ameaças de EUA a Moraes

Presidente afirmou no congresso do PSB que só disputará reeleição se mantiver condição física atual e atacou pressão americana sobre STF

Lula condiciona candidatura em 2026 à saúde e critica ameaças de EUA a Moraes
Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou neste domingo (1º) que só será candidato à reeleição em 2026 se mantiver sua saúde atual. A afirmação foi feita durante discurso no congresso nacional do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, que reuniu as principais lideranças governistas.

Lula, de 79 anos, destacou que precisa estar com "100% de saúde" para disputar as eleições. Em 2024, o presidente sofreu um acidente doméstico que resultou em sangramento intracraniano, episódio que gerou preocupação entre aliados sobre sua disposição para nova campanha presidencial.

Críticas à extrema direita e defesa das instituições

Em discurso de uma hora, o presidente afirmou: "Podem ter certeza: se eu estiver bonitão do jeito que estou, apaixonado e motivado, a extrema direita não volta a governar este País nunca mais". Lula também alertou para os planos bolsonaristas de eleger uma "superbancada" no Senado em 2026, com objetivo de confrontar o STF.

O presidente criticou duramente as ameaças do governo americano contra o ministro Alexandre de Moraes: "Os EUA querem processar Alexandre de Moraes porque ele quer prender um brasileiro que está lá fazendo coisa contra o Brasil". Lula questionou: "Que história é essa de os EUA quererem criticar a Justiça brasileira?"

Renovação no PSB e futuro político

O congresso marcou a posse de João Campos, de 31 anos, como novo presidente do PSB. Filho do ex-governador Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes, o prefeito do Recife é visto como nome de renovação na esquerda após ser reeleito com 70% dos votos.

Campos terá o desafio de articular a permanência de Alckmin como vice na chapa de Lula em 2026, embora aliados sinalizem interesse do vice em disputar o governo de São Paulo. O PSB também precisa resolver a ambição do ministro Márcio França pela mesma candidatura.

A saúde de Lula e a composição da chapa presidencial devem dominar os debates no campo governista nos próximos meses, enquanto a oposição articula estratégias para as eleições senatoriais e presidenciais.

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há 5 minutos

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