Mulher tem pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por ex-namorado em SP
Vítima segue internada em estado grave após agressor acelerar carro com ela presa sob o veículo, segundo testemunhas.
Uma mulher de 31 anos teve as duas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por um carro conduzido por seu ex-namorado, na cidade de São Paulo. Tainara Santos segue internada em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas, sedada e submetida a múltiplas cirurgias após o ataque, que ocorreu após uma discussão.
O agressor, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso no dia seguinte ao crime e agora responde por tentativa de feminicídio. De acordo com depoimentos colhidos pela polícia e veiculados pelo Fantástico, da TV Globo, a motivação teria sido ciúmes.
“Ele foi pra matar mesmo”, desabafa mãe
A mãe da vítima, Lúcia Aparecida Souza da Silva, descreveu o sofrimento ao assistir às imagens do ataque que circularam nas redes sociais. “Eu como mãe ainda fico… eu fico pensando assim… as pernas dela, ela no sofrimento ali, o povo buzinando, as pessoas buzinando”, relatou em entrevista ao programa.
Lúcia foi enfática ao caracterizar a ação do agressor: “Ele foi pra matar mesmo. Ele não tem coração, não tem justificativa”. Ela descreveu a filha como uma pessoa alegre e muito próxima da família, apaixonada por dança. “Ela gosta muito de dançar. A alegria dela é dançar”, afirmou.
Crime com requintes de crueldade
Testemunhas relataram à polícia que Tainara caminhava com um amigo, após deixar um bar, quando foi atingida pelo carro de Douglas. Um ocupante do veículo afirmou em depoimento que, mesmo com a vítima presa sob o carro, o motorista “puxou o freio de mão e acelerou”.
O agressor fugiu do local sem prestar socorro. Douglas e Tainara estavam separados no momento do crime. A defesa de Silva apresentou uma versão diferente dos fatos, alegando ao Fantástico que ele “não conhecia” a vítima e que “a discussão era com o amigo dela”.
Histórico do agressor e situação da vítima
Douglas Alves da Silva já possui passagem pela polícia. Em 2023, ele foi detido por porte ilegal de arma. Em junho deste ano, firmou um acordo judicial no qual se comprometeu a não reincidir.
Após as amputações de emergência, Tainara passou por mais três cirurgias. A família relata que ela apresenta respostas lentas ao tratamento, mas mantém esperança. “Ela é forte, ela está se recuperando devagarzinho, aos poucos”, afirmou a mãe.
Lúcia encerrou seu depoimento com um alerta sobre a violência contra a mulher: “Hoje foi a Tainara, amanhã a Evelyn, a Edna, a Maria… gente, isso tem que mudar!”.
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