Onda de calor extremo atinge 40°C no Rio Grande do Sul no início de dezembro

Uma massa de ar quente elevará as temperaturas no Rio Grande do Sul a partir desta quinta-feira (4), configurando o primeiro episódio de calor extremo do verão. As marcas podem chegar a 40°C em algumas regiões do estado, com os piores dias previstos para sexta (5) e sábado (6). As informações são da empresa de meteorologia MetSul.

O verão meteorológico começou no dia 1° de dezembro, antecedendo o início astronômico da estação, marcado para 21 de dezembro. A onda de calor ocorre em um contexto de influência do fenômeno La Niña, que altera os padrões de circulação atmosférica e costuma resultar em menos chuvas e temperaturas mais altas no Sul do Brasil.

Escalada do calor ao longo da semana

Nesta quarta-feira (3), as máximas ficaram entre 30°C e 33°C no Centro, Oeste e Noroeste do estado. A partir de quinta-feira (4), a previsão indica uma escalada, com termômetros marcando de 32°C a 35°C na maioria das regiões, incluindo Oeste, Noroeste, Centro, Campanha, Vales e Grande Porto Alegre.

Na sexta-feira (5), o calor se intensifica, com marcas de 32°C a 35°C na maioria dos municípios. Em áreas dos Vales, do Centro e do Noroeste, alguns pontos devem alcançar os 35°C a 38°C durante a tarde.

Sábado pode ter temperaturas mais altas

O sábado (6) pode registrar as temperaturas mais altas deste episódio. A previsão aponta para uma tarde escaldante em boa parte do estado, com máximas de 38°C a 40°C no Noroeste, Oeste, Centro, Campanha, Vales e na Grande Porto Alegre. "Em algumas cidades, a temperatura pode ultrapassar os 40°C", destaca o boletim da MetSul. Na região da Serra, as máximas devem ficar entre 32°C e 35°C.

No domingo (7), o calor deve perder força no Sul e no Leste, mas persistirá com intensidade nas demais regiões. A tarde pode ter máximas de 35°C a 40°C no Oeste, Noroeste e Centro, com possibilidade de marcas acima dos 40°C em localidades pontuais.

Contexto climático da La Niña

O fenômeno La Niña, fase fria do Pacífico Equatorial, modifica a circulação do ar, fazendo com que a formação de nuvens carregadas se concentre mais ao Centro-Norte do país. Com isso, o Rio Grande do Sul fica sob influência de correntes de ar mais seco, o que reduz a frequência e intensidade das chuvas de verão. "A soma desses fatores aumenta o risco de ondas de calor, com temperaturas acima da média e maior duração de episódios de calor extremo", explica a análise meteorológica.

As autoridades locais ainda não emitiram alertas oficiais para a população, mas a previsão indica que os próximos dias exigirão cuidados com a hidratação e a exposição ao sol, especialmente durante a tarde.